Nesse curto período de férias - começou um pouco antes, admito - resolvi me aventurar nas 10 temporadas de smallville. Entre as 5 temporadas que vi até agora, há um episódio que me inquietou. É bem simples, na verdade: as meninas do colégio de smallville criaram uma espécie de suco de kriptonita que faziam as pessoas que bebesse virar obsessiva com o objeto de sua paixão. A graça do episódio é que todos os personagens que tomaram ficaram loucos e revelaram suas paixões escondidas.
Fiquei me perguntando o que aconteceria comigo se eu tomasse um copo desses. Não me levem a mal, mas nada aconteceria porque simplesmente não consigo esconder essas coisas por muito tempo. E também porque não existe ninguém. Essa é a parte inquietante. Sou capaz de viver por muito tempo sem me apaixonar. Se, por um lado te salva de momentos embaraçosos se você tomar um copo de kriptonita, por outro lado te faz ficar com essa incômoda sensação de ser uma concha vazia.
Estranhamente, é nessa parte que me identifico bastante com o Clark Kent. Porque ele não pode/quer revelar que tem superpoderes, ele se isola de tal maneira que me faz chorar em certos episódios. Ao mesmo tempo, me identifico com a Chloe, que espera eternamente que o Clark se apaixone por ela simplesmente porque ela está esperando.
Quando a Chloe bebeu o copo de kriptonita, ela enlouqueceu e fez de tudo para agradar o Clark de corpo e alma,e acabou com seu coração partido quando, no final do episódio, ele declarou que não estava apaixonado por ela (e não ficará nunca).
Quando o clark bebeu, ele não teve nenhuma reação, apenas passou mal, como uma concha vazia (e porque, né, kriptonita). Depois de um tempo ele expeliu o líquido e continuou a sofrer pela Lana.
Não existe kriptonita e nem um copo cheio dela. Mas se eu escolhesse qual das duas reações eu quero ter ao beber, eu diria que... Quero ser feliz, pode ser?
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
O Copo de Kriptonita
Assinar:
Postagens (Atom)