Esse dias me deparei com um fenômeno curioso. Estava eu na sala de aula, em uma matéria de educação qualquer quando a professora, por algum propósito qualquer, começou a contar a história de uma mulher que nasceu em algum contexto muçulmano. (realmente não consigo lembrar onde... mas é um daqueles lugares que se você nasceu mulher, ferrou)
Essa história estava presente na dissertação de uma professora da psicologia, que queria abordar o contexto da prisões femininas em países mulçumanos. Chamou à atenção dessa psicóloga que uma determinada presidiária não conversava jamais. É claro que a psicóloga foi atrás da história dela.
Era uma vez uma menina muçulmana que foi vendida para um marido muito mais velho. Naturalmente, ela sofreu alguns maus— tratos por parte do marido idoso. Quando ela era adolescente, para sua sorte (azar?) Seu marido morreu. Sem eira nem beira, foi para a cidade procurar emprego. Mas o único que "encontrou" foi o de prostituta. Entanto trabalhava, ela encontrou um companheiro com quem foi morar. A coisa desandou quando ela resolveu expressar o desejo de infância de aprender a ler para o novo companheiro. Ele a expulsou de casa e ela voltou a trabalhar. Daí um tempo, ela virou cafetina e arrumou um sócio e amante. Expressar o desejo de aprender a escrever e ler também não foi benéfico para a relação dos dois. O amante resolveu limpar a conta conjunta que eles tinham e dar o fora. Mas antes que ele de fato fugisse, ela apareceu em casa exigindo o dinheiro de volta. Quando ele disse não ela atirou nele com a arma que havia trazido para o encontro.
Quando a professora terminou de contar essa história, ela achou por bem acrescentar: "isso não significa que vocês têm que atirar em outra pessoa. Estou vendo alguma meninas sorrirem... Esse não é o caminho!" O curioso é que, sem perceber, eu estava sorrindo também. Eu achava que era só eu que, às vezes, sentia esse feminismo sádico brotar em mim. Afinal, tem coisa melhor do que ver um babaca machista se dar mal no final?
Essa história ilustra o que eu chamo de rumos errados que o feminismo por vezes toma. Decisões que parecem beneficiar e retificar a independência da mulher e que na verdade só deixa mais responsabilidades nas costas delas.
Portanto meninas, vamos parar de sorrir diante da morte alheia, por mais babaca que o morto fosse.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
O Feminismo Sádico
domingo, 18 de novembro de 2012
O Leonardo da Vinci Charlatão
É uma verdade universalmente conhecida que, um homem, uma vez de posse de uma história antiga, detém segredos jamais revelados. Parece que quanto mais longe e mais obscuro o tempo, mais segredos da humanidade essas pessoas detinham. Já explico.
Há algum tempo li O Código da Vinci. Além de ser um bom livro, levantou algumas "polêmicas" sobre Jesus e o próprio Leonardo da Vinci. Para minha surpresa, ele entrou na lista de mais vendidos do mundo por tocar em uma espécie de "ferida" da Igreja católica ao dizer que Jesus teve filhos com Maria Madalena. Na minha opinião, realmente não interessa se ele teve descendentes ou não, até porque é impossível provar isso de forma satifatória. Afinal, qual é a dificuldade de aceitar que um homem não se casou há anos atrás?
Diante desse cenário surge o Leonardo. De acordo com esse livro, o cara era um gênio que chegava perto de Deus. Quem mais teria o poder de descobrir com quem Jesus dorme ou deixa de dormir? Mas essa genialidade parece surgir porque ele viveu em um dos top 5 dos tempos legais: o renascimento. No renascimento, o povo era tão foda e inteligente que nós, pobres historiadores do presente, não conseguiríamos descobrir todos os mistérios e conhecimentos que eles descobriram alguns séculos atrás sem a nossa tecnologia avançada.
Eu sei que o livro é uma ficção, mas a questão é que isso acontece com frequência. O peso da tradição é enorme, e às vezes vira um fardo. Várias vezes já vi pessoas argumentarem que "isso é certo porque é antigo" como se os antigos não errasem. Como se eles não fossem humanos como nós do século XXI.
Por isso é importante nós não nos deixarmos levar por uma argumentação que diz "foi sempre assim" porque têm coisas que foram sempre assim mas precisam ser mudadas. Olhar para história é importante mas não deve ser definidora de tudo.
Portanto, parem de dar tanto crédito ao Leonardo da Vinci porque ele foi apenas um ser humano. Genial, claro, mas mesmo assim um reles mortal. Atribuir essas coisas sobrenaturais a ele só me faz pensar nele como um grande charlatão.
Há algum tempo li O Código da Vinci. Além de ser um bom livro, levantou algumas "polêmicas" sobre Jesus e o próprio Leonardo da Vinci. Para minha surpresa, ele entrou na lista de mais vendidos do mundo por tocar em uma espécie de "ferida" da Igreja católica ao dizer que Jesus teve filhos com Maria Madalena. Na minha opinião, realmente não interessa se ele teve descendentes ou não, até porque é impossível provar isso de forma satifatória. Afinal, qual é a dificuldade de aceitar que um homem não se casou há anos atrás?
Diante desse cenário surge o Leonardo. De acordo com esse livro, o cara era um gênio que chegava perto de Deus. Quem mais teria o poder de descobrir com quem Jesus dorme ou deixa de dormir? Mas essa genialidade parece surgir porque ele viveu em um dos top 5 dos tempos legais: o renascimento. No renascimento, o povo era tão foda e inteligente que nós, pobres historiadores do presente, não conseguiríamos descobrir todos os mistérios e conhecimentos que eles descobriram alguns séculos atrás sem a nossa tecnologia avançada.
Eu sei que o livro é uma ficção, mas a questão é que isso acontece com frequência. O peso da tradição é enorme, e às vezes vira um fardo. Várias vezes já vi pessoas argumentarem que "isso é certo porque é antigo" como se os antigos não errasem. Como se eles não fossem humanos como nós do século XXI.
Por isso é importante nós não nos deixarmos levar por uma argumentação que diz "foi sempre assim" porque têm coisas que foram sempre assim mas precisam ser mudadas. Olhar para história é importante mas não deve ser definidora de tudo.
Portanto, parem de dar tanto crédito ao Leonardo da Vinci porque ele foi apenas um ser humano. Genial, claro, mas mesmo assim um reles mortal. Atribuir essas coisas sobrenaturais a ele só me faz pensar nele como um grande charlatão.
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